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Capitale investirá R$ 500 milhões em biogás até 2021

O grupo Capitale Energia, especializado em comercialização de energia, planeja investir R$ 500 milhões no negócio de biogás nos próximos dois anos. A meta da companhia é alcançar uma capacidade de produção de 1 milhão de metros cúbicos diários de biometano (gás natural renovável produzido a partir de resíduos sólidos ou dejetos de animais), o equivalente a quase 1% de toda a produção de gás natural do país, até o fim de 2021.

O primeiro passo foi dado em janeiro, por meio da ZEG Biogás, braço da ZEG holding, empresa do grupo Capitale, que adquiriu a Gasgrid, especializada em produção e comercialização de biometano. A empresa já produz hoje biogás a partir de um aterro sanitário na zona Leste de São Paulo. O gás é destinado a uma térmica com 5 megawatts (MW) de capacidade.

A expectativa da ZEG Biogás, no entanto, é utilizar parte do biogás para a produção de biometano. Um projeto do tipo deve iniciar a operação ainda neste ano. Em 2020, a unidade deve atingir capacidade de 90 mil metros cúbicos diários de gás natural. Com a mesma composição técnica do gás natural convencional, de origem fóssil, o biometano pode ser utilizado por indústrias, usinas termelétricas e veículos.

A meta do grupo é alcançar faturamento de R$ 600 milhões com o negócio de biogás em 2021. O faturamento anual do grupo Capitale é de R$ 1,7 bilhão, com previsão de estabilidade para este ano. A Capitale pertence aos sócios fundadores Rafael Mathias e Daniel Rossi. Em 2012, 50% da empresa foi vendida para os fundos Pátria e Blackstone. Três anos depois, os fundadores recompraram a fatia.

Com relação ao plano de investimentos de R$ 500 milhões para os próximos dois anos, Rossi explicou que parte dos recursos será bancada com capital próprio e

parte, coberta por terceiros. “Temos percebido no mercado um movimento cada vez maior de fundos que fazem questão de distribuir seu portfólio colocando parte de seus valores em mercados renováveis. Temos visto essa demanda sendo crescente”.

A ZEG foi criada no ano passado pelos sócios da Capitale Energia. A empresa possui quatro subsidiárias, uma para a área de centrais geradoras hidrelétricas (CGH, usinas com potência máxima de 1 MW), outra para produção de energia solar fotovoltaica, outra na área ambiental e a ZEG Biogás.

No longo prazo, explicou o executivo, a ideia é capitalizar a ZEG, seja por meio da venda de participação para um fundo de private equity ou por uma oferta pública inicial de ações (IPO).

“O caminho estratégico da ZEG é, em algum momento, uma captação, através de private equity ou através do IPO”, disse Rossi. “Ao longo de 2019, temos muitos projetos com alto volume de capex necessário. Pode ser que a gente tenha que antecipar algum movimento estratégico para fazer frente a toda demanda que estamos começando a capturar”.

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